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FIDC: o que é e como investir? [2024]

Veja mais sobre FIDC e saiba com funciona em detalhes esse investimento. Veja mais.

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Equipe Somas - Lorraine Moreira
17 de setembro, 2022

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FIDC: o que é e como investir? [2024]FIDC: o que é e como investir? [2024]

O produto financeiro recebe aplicações de investidores profissionais que procuram rentabilidade, saber o risco da aplicação a partir das agências de risco e diversificar a carteira.


O que é FIDC?


A sigla significa Fundo de Investimento em Direitos Creditórios e se refere a um fundo de investimento que tem seu patrimônio aplicado em títulos de créditos que as empresas devem receber.

Outro nome dado ao ativo é fundo de recebíveis, e este é considerado um produto financeiro de renda fixa porque há uma taxa de retorno pré-definida.

Basicamente, diversas pessoas alocam seus recursos financeiros nele para que uma aplicação seja feita em conjunto. Nesse caso, o foco é em direitos creditórios que foram convertidos para títulos e estão à venda, como aluguéis, cheques, duplicatas, ou compras parceladas no cartão de crédito.

Os créditos originados de transações que podem se tornar ativos de um FIDC pertencem aos seguintes setores: financeiro; comercial; industrial; imobiliário; de hipotecas; de arrendamento mercantil; de prestação de serviços.

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Como funciona?


O FIDC é uma aplicação de modalidade coletiva que tem pelo menos 50% do dinheiro direcionado para direitos creditórios. O restante da quantia pode ser investido em alguns ativos de renda fixa.

Além disso, ele tem duas formas:

  • FIDC aberto: é quando o resgate do investimento pode ser realizado a qualquer momento, embora ainda seja necessário respeitar a liquidez do ativo. Geralmente, não há um prazo determinado de duração para a operação.

  • FIDC fechado: o resgate só é liberado quando chega a data final da duração do fundo, apresentada no regulamento. Diferentemente da anterior, o comum é que o fundo tenha um prazo determinado.


Tipos de cota do FIDC


  • Cotas sênior: assim como outros títulos de renda fixa, a rentabilidade é prefixada. Além disso, o investidor que aplica nela tem prioridade para receber juros, fazer resgates e amortizações do valor.

  • Cotas subordinadas: ele recebe depois que os cotistas seniores ganham a quantia em troca de mais rentabilidade. Nesse caso, há mais riscos envolvidos na operação, pois o investidor se expõe a possibilidade de inadimplência dos títulos, dado que existe a chance do dinheiro ser completamente gasto antes de chegar até ele.


Qual é a composição do fundo?


  • Cedente: é a empresa que possui os direitos creditórios e vai ceder eles para a operação.

  • Estruturadores: refere-se a instituição ou escritório jurídico que tem a função de estruturar o processo.

  • Custodiante: é a instituição financeira que faz a guarda dos ativos, além do controle dos valores que o fundo deve dar.

  • Administrador: trata-se daquele que cria o produto e é responsável pela captação de recursos financeiros.

  • Gestor: é o profissional que possui a função de cuidar da carteira de investimentos do fundo, ou seja, é ele quem escolhe onde investir e o que vender, seguindo os princípios do regulamento.

  • Cotista: são as pessoas que fazem os aportes no fundo de investimento.

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Tributação


Quando o investimento é retirado antes da aplicação financeira completar 30 dias, há uma cobrança regressiva de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Há incidência do Imposto de Renda (IR), a quantia é descontada diretamente na fonte e a tabela é regressiva: até 180 dias, a alíquota é de 22,5%; de 181 a 360 dias é de 20%; entre 361 e 720 dias, 17,5%; mais de 720 dias é de 15%.

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Quais são os riscos envolvidos?


  • Risco de crédito: os consumidores podem não pagar a dívida que possuem, o que representa uma diminuição dos ganhos.

  • Risco de liquidez: o FIDC é um investimento restrito e não é usual, o que gera impactos na demanda por ele e, como consequência, na capacidade de transformá-lo em dinheiro.

  • Risco de mercado: existem uma série de fatores que influenciam a volatilidade do preço dos ativos presentes no mercado, como o aumento ou a diminuição da inflação e dos juros. A partir disso, há a chance da rentabilidade dos fundos ser prejudicada.


Quem pode investir no FIDC?


  • Investidores considerados profissionais

  • Pessoas que possuem certificação da CVM para registro de agentes autônomos, consultores de valores mobiliários, analistas ou administradores de carteira

  • Clubes de investimento administrados por investidores classificados

  • Indivíduos que tenham aplicações acima de R$1 milhão, sendo necessário a comprovação a partir de termo assinado


Vantagens


  • Rentabilidade

  • Negociação pode ser feita no mercado secundário

  • Há classificação do risco, assim as pessoas tem conhecimento a que estão se expondo

  • É uma maneira de diversificar a sua carteira de investimentos


Desvantagens


  • O produto financeiro é só para investidores qualificados

  • O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) não cobre o FIDC

  • O aporte inicial é de R$25 mil, considerado alto

  • A liquidez é baixa


  • Qual é o prazo da aplicação?


    Quando se trata do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios, existem dois cenários possíveis:

    • Prazo determinado: com a chegada da data definida para o resgate, é possível fazer a retirada do valor.

    • Prazo indeterminado: é quando não há prazo para resgatar as cotas. Na verdade, há a amortização das partes do fundo no valor de cada uma.


    Conclusão


    O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), também conhecido como fundo de recebíveis, é um ativo de modalidade coletiva que direciona seu patrimônio para títulos de créditos que empresas devem receber.

    O FIDC pertence à renda fixa, uma vez que existe uma taxa de retorno pré-definida. Além disso, é importante citar que os créditos originados de transações que podem se tornar ativos de um FIDC pertencem aos seguintes segmentos: comercial; industrial; financeiro; imobiliário; de arrendamento mercantil; de prestação de serviços; de hipotecas.

    Pelos menos 50% do patrimônio deve ir para direitos creditórios, o que sobrar é destinado para produtos de renda fixa. Outro fator é que o FIDC pode ser aberto ou fechado.

    Existem cotas sênior e cotas subordinadas - ambas foram explicadas em tópicos anteriores - e o prazo pode ser determinado ou não.

    O fundo é composto pelo cedente, custodiante, administrador, gestor, cotista e pelos estruturadores.

    Em relação à tributação, caso o resgate seja feito antes da aplicação completar 30 dias, há uma cobrança regressiva do IOF. O Imposto de Renda incide na fonte e a tabela é regressiva: até 180 dias, a alíquota é de 22,5%; de 181 a 360 dias é de 20%; entre 361 e 720 dias, 17,5%; mais de 720 dias é de 15%.

    As vantagens são: rentabilidade; negociação pode ser feita no mercado secundário; classificação do risco em agências de risco; diversificação da carteira. As desvantagens são: só investidores qualificados podem fazer aportes; aplicação inicial é alta; baixa liquidez e os riscos de crédito, liquidez e mercado.

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