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É fato que os investimentos se relacionam entre si. Mas o que nem todo mundo sabe é da existência de ferramentas no mercado financeiro para compará-los. Entre elas, está o Índice de Sharpe.
O indicador serve para analisar não só a rentabilidade, mas também o título ou veículo de investimento. É por isso que ele permite que uma decisão mais embasada e coerente com suas metas seja feita.
“Tá, mas o que ele é? Como funciona? Quando ele sugere uma boa oportunidade? Como avaliar os investimentos?” essas e outras perguntas você confere neste texto.
O Índice de Sharpe, também conhecido como Sharpe Ratio, analisa e compara investimentos, sendo o critério a relação entre risco e retorno.
Criado pelo economista William Sharpe, o conceito utiliza a seguinte fórmula: Índice de Sharpe = (Taxa de Retorno do Investimento - Taxa Livre de Risco) / Volatilidade.
Vale pontuar que a taxa de retorno do investimento é o componente que representa a rentabilidade gerada em um período X. A taxa livre de risco apresenta o retorno de uma aplicação considerada “conservadora”, pois há previsibilidade do que a pessoa que faz a aplicação vai receber.
A taxa Selic, taxa básica de juros brasileira, e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) geralmente são as referências da taxa livre de risco, pois são os indicadores de renda fixa mais importantes.
A volatilidade, também presente na fórmula matemática, é responsável por medir a quantidade e a intensidade das mudanças de preços de um ativo. Quando há mais oscilação, é considerado mais volátil; o contrário também é válido.
Segundo o Estadão, “esse indicador compara uma opção de investimento de risco (fundo), com outra opção livre de risco (CDI), considerando a volatilidade (oscilação), em um mesmo período de tempo”.
E completa: “A conta não é complicada. Consiste em uma subtração do retorno do ativo de risco pelo retorno do ativo sem risco, dividida pela volatilidade. Quanto maior for o resultado, maior é a chance de ter um retorno mais atrativo, em relação ao risco que se tomou. Quanto mais próximo de zero, menos atrativo é a aplicação”.
Para utilizar o indicador, é importante que haja similaridade entre os fundos, uma vez que esse investimento costuma apresentar muita distinção entre suas modalidades.
A lâmina dos fundos apresenta as informações sobre o Sharpe, mas existem sites que fazem comparações também.
Rodrigo Marcatti, sócio-fundador da Veedha Investimentos, lembra da importância de se atentar na hora de fazer a conta. “Cansei de ver situações em que o investidor chega com uma demanda pronta, simplesmente porque fez um filtro pelo melhor retorno no período e escolheu o que teve o melhor retorno no passado. Isso sem entender quais foram os motivos que levaram aquele fundo a dar maior retorno, no caso, qual foi o tamanho do risco que o fundo correu naquele período”, afirma ao Estadão.
Outra observação importante é a necessidade de se atentar ao risco assumido em relação ao retorno – será que vale mesmo a pena? –, observe outros indicadores antes de tomar a decisão pelo investimento ou não.
Lembre-se de um fator essencial: quanto maior for o Índice de Sharpe, melhor tende a ser o investimento.
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O Índice de Sharpe é útil para demonstrar se vale a pena ou não assumir o risco de determinado ativo quando há a intenção de lucrar. Ou seja, ele é importante para a tomada de decisão dos investidores.
Outra questão é a funcionalidade dele como benchmark, uma vez que o resultado serve para comparar ativos equivalentes.
De acordo com a Leoa, “conhecido como um dos indicadores mais importantes para avaliar investimentos no mercado financeiro, o índice de Sharpe tem essa relevância toda porque leva em consideração tanto a rentabilidade que esses investimentos podem trazer quanto o risco que você, que investe nesses ativos, pode correr”.
“Afinal, não é porque tenha gerado uma rentabilidade alta que um ativo é melhor que os outros, já que pode ter gerado mais rendimentos justamente porque correu mais riscos. Portanto, ao utilizar o índice de Sharpe, quem investe encontra a alternativa com a melhor remuneração e com o menor risco possível”, completa.
Não existe um valor considerado ideal quando se trata dessa ferramenta. Exatamente por isso, há a recomendação do uso, mas de forma ponderada, considerando os diferentes aspectos que levaram ao valor obtido.
A volatilidade, por exemplo, assume um papel de centralidade no debate. Ao conferir as mudanças nos preços de compra e venda do produto financeiro, você entende o desempenho dele ao longo do tempo estudado.
Da mesma forma que cada investidor tem uma tolerância ao risco e metas diferentes, cada ativo possui uma determinada forma de funcionamento, isso não pode ser esquecido.
Como os investimentos têm características muito diferentes, uma nota 1 pode ser ótima para um e péssima para outro. Está aí a importância de pesquisar a nota de diferentes produtos, assim você percebe uma boa oportunidade.
De modo geral, que é o que podemos abordar, quando ele é igual a 1, significa que ótimo; se for 0,5 é considerado bom; quando é 0, é porque não gera uma rentabilidade maior do que um conservador.
Pensando na taxa livre de risco, quando a renda fixa tem um desempenho ruim, o Índice de Sharpe tende a aumentar. Considerar isso é importante para que você não se iluda caso encontre uma super nota. Lembre-se: o contexto também faz o resultado.
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A melhor maneira de compreender o modo de avaliar os investimentos é por meio de exemplos. Sabe quando um professor de matemática passava a teoria, mas você só entendia na prática? É mais ou menos isso.
O Índice de Sharpe pode funcionar para comparar fundos, basta pegar os resultados e analisar quem se saiu melhor.
Se dois fundos, por exemplo, obtiveram um retorno de 25% em 12 meses, não quer dizer que possuíram a mesma performance. A volatilidade entra aqui como peça fundamental para diferenciar as opções e escolher a mais vantajosa.
Imagine que um portfólio diversificado de ações teve um rendimento de 30% em um ano. Paralelamente, o CDI foi de 15% e, por isso, é possível concluir que há uma diferença importante entre as variáveis e que, no primeiro momento, há uma vantagem interessante.
No entanto, se considerarmos que a volatilidade dele ao longo dos anos é muito grande, há uma segurança menor de que você vai receber um bom retorno. Aí chega a hora de avaliar opções paralelas e analisar com mais profundidade o ativo.
É como se o indicador desse uma pista, um sinal da qualidade do que você tem. Mas se restringir a ele é um problema assumido pelo investidor, se pensarmos que ele não aponta tudo que está por trás do investimento.
Ao pensar em um título público prefixado que oferece 10% ao ano de taxa de juros, pode-se comparar com uma aplicação livre de risco, como um pós-fixado no IPCA.
Basta descobrir, por meio da fórmula matemática, o valor do índice da aplicação desejada e, depois, verificar outras opções. Isso vai exigir o uso da volatilidade, que se relaciona ao risco de mercado.
Nesse tipo de caso, o risco de crédito é quem deve ser apontado, pois está ligado à possibilidade do devedor não honrar seu pagamento. Como o indicador não aborda essa questão, o índice acaba não sendo a melhor maneira de avaliar ativos conservadores.
O Índice de Sharpe analisa investimentos e é útil para a comparação deles, sendo o critério a relação entre risco e retorno.
O conceito foi criado pelo economista William Sharpe, considerando a rentabilidade gerada em um determinado período; a taxa livre de risco e o retorno de uma aplicação considerada conservadora.
A fórmula utilizada para descobrir o valor é: Índice Sharpe = (Rp – Rf)/OP; onde Rp é Retorno do portfólio ou do ativo; Rf é Risk Free Ratio, que é a taxa livre de risco. No Brasil, pode-se considerar a taxa Selic; OP é a volatilidade do ativo, mais especificamente o desvio padrão da performance.
Normalmente, utiliza-se a taxa básica de juros brasileira, taxa Selic, e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) na taxa livre de risco.
Os especialistas indicam, na utilização dele, que as pessoas só façam paralelos entre ativos similares. Caso contrário, você pode se comprometer com algo que não necessariamente faz sentido.
Outro ponto importante é que não há um valor ideal para o indicador, pois depende de cada caso. Mas podemos considerar que uma nota igual a 1 é ótima; nota 0,5 é boa; nota 0 é ruim por não ter ultrapassado a renda fixa.
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