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Confira como funciona a correção monetária e a função dela

A correção monetária é a atualização de um valor com base em um índice.

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Equipe Somas - Raslan Torres
08 de março, 2023

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Correção Monetária: o que é e como afeta seu dinheiro [2024]Correção Monetária: o que é e como afeta seu dinheiro [2024]

A história da economia brasileira é repleta do uso da correção monetária, e o mecanismo continua sendo usado até hoje.

Depois de dar adeus à hiperinflação, no entanto, o uso foi reduzido pela diminuição da necessidade dele.

Essa atualização dos valores é um tema crucial para todo e qualquer morador do país, seja ele um investidor ou não.

Entender o que é e como funciona se torna ainda mais necessário porque a realização do ajuste varia dependendo de quem o procura.

Pensando nisso, a Somas criou este texto com o objetivo de te ajudar a entender de uma vez por todas do que se trata.


O que é a correção monetária?


A correção monetária é a atualização de valores pela variação de um índice durante um período escolhido.

A ideia é compensar as pessoas pela inflação, que pode ser definida como o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços e acarreta na perda do poder de compra.

A atualização monetária começou a acontecer no Brasil em 1964, a partir da criação do primeiro indexador brasileiro, chamado de Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN).

A criação dele aconteceu com a finalidade de proteger os investidores da inflação do país e, com isso, atrair investidores do exterior.

Com o passar do tempo, ele sofreu algumas alterações por conta da situação econômica e das características da nossa economia.

A demanda por títulos públicos, por exemplo, ficou diferente ao longo dos anos, além da forma de remuneração ter sido mudada.

Os títulos pós-fixados, atualmente, têm a taxa Selic e o IPCA como os principais indexadores.

Quando uma pessoa deve receber um valor X corrigido pela inflação, nesse sentido, basta calcular quanto o dinheiro valeria naquele momento.

Existem casos em que a correção é feita com base na variação de moedas de outras nações, como a libra.

A atualização de valores é crucial para investimentos, especialmente quando se trata daqueles que pertencem à renda fixa. Isso porque, a pessoa que aplica precisa saber como isso afeta seus investimentos.

E por falar neste assunto, use nosso simulador de renda fixa, que é uma ferramenta desenvolvida para descobrir a lucratividade da sua aplicação no CDB, LCI, CDI, Tesouro Direto ou LCA.


Brasil, hiperinflação e Plano Real


O Brasil teve altas taxas de inflação na década de 1980, chegando até a hiperinflação, que pode ser definida como um momento em que os preços estão fora de controle, o que pode levar até o caos social.

A moeda brasileira, nessa época, valia menos a cada dia que passava, o que demonstra instabilidade na economia e, como consequência, no hábito de consumo dos habitantes.

A partir de 1993, com a execução do Plano Real, que buscava a estabilização monetária, os impactos da inflação foram reduzidos.

Para isso, foi necessário a adoção de uma série de práticas, como a moeda indexada e a âncora cambial.

Atualmente, mesmo depois do Plano Real conseguir controlar a inflação, os mecanismos de correção monetária permanecem importantes para que o poder de compra se mantenha estável.

A inflação brasileira tem uma certa estabilidade quando comparada aos tempos passados, mas o poder de compra foi se reduzindo porque a moeda tende a se desvalorizar.

Veja os principais tipos de inflação e suas consequências na economia real a partir do artigo da Somas.


Como funciona a correção monetária?


Imagine que você deu R$50 para uma criança há 10 anos atrás e, agora, 10 anos depois, deu R$50 para outra. As duas gastaram o dinheiro com balas e brinquedos, qual delas conseguiu comprar mais coisas? Nesse caso, foi a primeira, pois o dinheiro valia mais antigamente.

Quando uma mesma quantia não é mais capaz de comprar a mesma quantidade de produtos, é porque a moeda perdeu poder de compra.

Para que a criança volte a ter seu poder de compra estabelecido, o dinheiro precisa passar pelo processo de atualização, onde há um reajuste.

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Diferença entre juros e correção monetária


A correção monetária, no entanto, não é sinônimo de juros, ou seja, não é a mesma coisa.

Os juros são uma quantia que incide sobre alguma dívida que foi parcelada ou um débito em atraso.

A exemplo disso temos os títulos públicos, que são produtos financeiros para recolher dinheiro para a união, que fica devendo para os investidores o valor emprestado e o juros pelo empréstimo.

Ou seja, é como uma espécie de remuneração pelo indivíduo se expor ao risco de crédito e, além disso, ficar sem aqueles recursos por um determinado tempo.

A correção monetária, por outro lado, é uma ferramenta da economia que busca a manutenção do poder de compra da moeda.

Ela não funciona como uma remuneração, mas sim como um reajuste. Por isso mesmo, ela incide até sobre os juros aplicados, assim a pessoa não perde dinheiro pela desvalorização do real.

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Deflação: o que é?


A deflação é a diminuição generalizada do preço de produtos e serviços. O fenômeno é pouco comum, principalmente quando se trata do Brasil.

Uma curiosidade importante é que ela, assim como a inflação, é passível de correção monetária.

Caso ela ocorra, os valores devem ser atualizados conforme o índice que os guia.

Para saber mais sobre o assunto, leia o texto produzido pela Somas “Deflação: o que é e como funciona?”.

Como calcular a correção monetária?


É normal se questionar a respeito do cálculo da correção monetária. Consultar o fator acumulado do índice de atualização monetária no período de análise é o primeiro passo.

Depois, você precisa multiplicar o valor apurado pela quantia que você quer descobrir a atualização.

Na internet, já existem ferramentas que descobrem isso automaticamente. Elas foram criadas com o objetivo de facilitar a vida de quem precisa conferir esses dados, pois fazer manualmente o cálculo pode ser um pouco trabalhoso.

Instituições com uma base de dados extensa conseguem facilitar os cálculos justamente pela quantidade de informações que possuem.

O Banco Central, inclusive, possui uma ferramenta, a qual pertence ao programa “calculadora do cidadão", e é possível conferir isso.


Índices de correção monetária


Engana-se quem pensa que existe apenas um índice de correção monetária. A depender do propósito, a necessidade por um outro surge.

Uma exportadora precisa ter mais atenção ao valor do dólar do que uma empresa que atua apenas no Brasil, por isso a primeira pode ver a importância de ter uma atualização monetária baseada na moeda estadunidense.

Economias que dependem mais da importação de produtos, principalmente os básicos, como alimentação e medicamentos, sofrem mais com as variações do dólar. Assim, geralmente usam esse tipo de variação cambial.

Pessoas com salário mínimo, por outro lado, geralmente se preocupam com seu poder de compra. Dessa forma, é mais coerente o IPCA, que é feito com base nos gastos mais comuns da população.

Outros exemplos de índices são a Taxa Referencial (TR), Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Selic e Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ‒ use a calculadora de inflação IGP-M da Somas.


Quando a correção monetária precisa ser realizada?


Diferentes momentos podem tornar necessário realizar a correção monetária, sendo que um dos mais comuns é com o fim de um período, quando a inflação alcançou uma desvalorização real da renda dos assalariados e, com isso, é importante haver reajuste.

Depois de haver demora no cumprimento de decisões judiciais, também é possível haver uma atualização dos valores para que o valor recebido não seja injusto.

Na restituição do Imposto de Renda, a correção monetária pode vir a se tornar uma necessidade porque normalmente o desenrolar leva alguns meses.


Por que executar a atualização monetária?


A correção monetária existe para que o poder de compra da população volte a ser como era. Caso haja um aumento da inflação de 10% em 3 anos, o salário da pessoa deve ter um aumento proporcional para que se mantenha estável.

Quando o salário não é corrigido, há uma desvalorização real dele, pois os preços subiram sem que ele tenha aumentado. Para ter uma valorização do salário, por outro lado, o crescimento da quantia deve ser superior à inflação.

Em processos judiciais, também é possível encontrar casos em que os valores precisam ser corrigidos, pois as ordens foram mandadas há anos e, para o cumprimento pleno delas, é importante responder a isso.


Conclusão


A correção monetária é a atualização de valores baseada na variação de um índice durante um certo tempo.

Ela propõe compensar as pessoas pela inflação, que as fazem perder o poder de compra por conta do aumento generalizado do preço de produtos e serviços.

Na década de 1980, inclusive, o Brasil registrou altas taxas de inflação, alcançando a hiperinflação.

Com a chegada do Plano Real, os impactos da inflação foram contidos. Mas até hoje a correção monetária é usada.

Dólar, IPCA, Selic, IGP-M, CDI e TR são alguns exemplos de índices que podem ser utilizados para verificar a variação. Eles são escolhidos conforme o perfil do investidor ou da pessoa, no que mais faz sentido na relação.

Continue acompanhando a Somas e não deixe de ler “Veja em detalhes as novas regras de marcação a mercado para renda fixa”.

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