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A importância do Suitability na hora de investir

Suitability é o nome dado ao método de análise de metas e estratégias dos investidores. Graças a esta forma de avaliação, é possível entender qual perfil melhor se encaixa às necessidades, expectativas e objetivos de quem deseja aderir ao mercado financeiro.


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Equipe Somas
Criado em 24 de maio, 2024

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Suitability: o que é?Suitability: o que é?

Para explicar o assunto, entender como funciona no mercado financeiro, quais as classificações de perfis que ela proporciona e o seu impacto na Bolsa de Valores, produzimos este artigo que vai tirar todas suas na hora de investir no mercado de variáveis.

Neste post você vai entender:

  • O que significa Suitability?
  • Para que serve o Suitability?
  • Como funciona?
  • Quais são os parâmetros utilizados?
  • Direitos e garantias dos investidores
  • Os principais perfis de acionistas
  • Como identificar os níveis de tolerância a riscos?


O que significa Suitability?

Se você é novo no mundo dos investimentos e não sabe qual estratégia de rendimento melhor se aplica a você, saiba que o suitability pode ser uma maneira muito eficaz de entender o melhor caminho para investir. De origem inglesa, o termo "suitability” em português significa “aptidão” e, no mundo dos negócios, representa um modo de análise para definir o perfil do investidor.


Para quê serve o Suitability?

Como dito anteriormente, suitability é o nome dado a um método de análise de investimentos que, geralmente, é muito utilizado por corretores do mercado financeiro para desenhar as melhores opções para aqueles que desejam aplicar na bolsa pela primeira vez.

Desta forma, a principal métrica de estudo disponibilizada por este recurso é traçar o perfil do investidor. E como isso é feito? Através dos níveis de risco que os acionistas estão dispostos a tolerar ou não em seus ativos. Afinal, este é o primeiro passo para quem quer aderir às ‘regras’ do mercado financeiro.


Como funciona?

Também considerado um teste de aptidão, o suitability proporciona um nivelamento de riscos que, uma vez resumido através de um processamento de dados singulares, considera perspectivas diferentes sobre os melhores quadros de investimento para os clientes das corretoras ligadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Isso porque tomar a melhor decisão raramente é uma questão de feeling e sim, uma atitude que requer uma série de questionamentos e análises feitas por coleta de dados. Esse é o método básico de rigor e operação do recurso de suitability.


Quais são os parâmetros utilizados?

Representar, de imediato, a personalidade de um investidor é um processo que requer uma sequência de temas que são estudados e levados em conta pela análise de suitability. Por isso, algumas perguntas podem ser feitas para filtrar ao máximo a estratégia que melhor se aplica aos ganhos e benefícios dos investidores.

Dentre os principais tópicos utilizados como parâmetro de perfil, podemos citar: o objetivo do investimento, a situação financeira e patrimonial do acionista, experiência prévia no mercado de ações, tolerância e comportamento diante de eventuais riscos, expectativa de ganhos e perdas para o futuro, dentre outros assuntos.


Direitos e garantias dos investidores

Todos os filtros citados no parágrafo anterior além de direcionarem o perfil estratégico dos investidores, servem como garantia de prevenção a potenciais rombos, fraudes, golpes e outros processos negativos pelos quais os investidores estão expostos a sofrer na bolsa de valores.

Desta forma, o CVM, por meio da Lei das Sociedades por Ações, tem o histórico, desde 2013, de exigir que "todas as corretoras" realizem a verificação e adequação dos produtos que melhor correspondam aos interesses de seus clientes com segurança e respeito às normas inscritas na Resolução 30/21, correspondente à "Instrução CVM 539".


Os principais perfis de acionistas

Ainda que não seja possível precisar com exatidão um perfil que se adeque 100% a um determinado tipo de investimento, haja vista que as estratégias de rentabilidade possuem ônus e bônus que podem oscilar também em outras ações, há sempre um padrão de comportamento que se encaixa com maior preferência no modo como a pessoa busca lidar com seu dinheiro.

Nesse sentido, existem três tipos de perfil que padronizam as estratégias de investimento da maioria dos acionistas: conservador, moderado e arrojado. E para saber suas principais características, basta que a pessoa que quer investir conheça "os limites de risco" que estará disposta a tolerar.


Conservador

Como o próprio nome diz, é o perfil que melhor representa as características de quem prefere não tomar decisões muito arriscadas. Com frequência, investidores iniciantes tendem a ser conservadores por não terem tanta prática com o mercado de ações e também pelo fato deste perfil ser, de longe, aquele que apresenta maior segurança.

Deste modo, cabe aos acionistas que adotam esse comportamento apostarem em ativos com liquidez mais alta, sendo estes tradicionais no mercado. Os títulos de Renda fixa, tais como: CDB, LCA e LCI são as opções que possuem melhores ofertas a este tipo de público, dada à segurança que estas proporcionam.

No entanto, para quem procura altos ganhos em curto e médio prazo, acaba sendo mais interessante adotar outras medidas. Por essa razão, é sempre válido diversificar nas estratégias que melhor se encaixam a você.

Sempre haverá vantagens e desvantagens diante de qualquer cenário que a pessoa se sinta representada. Mas isso não significa que, com o passar do tempo, o investidor conservador passará a ter outro perfil. A verdade é que esta escolha pode ser mais vantajosa diante dos objetivos e expectativas subjetivos daqueles que desejam aplicar dinheiro a longo prazo.


Moderado

Diferentemente do conservador, aqueles que detêm um perfil moderado estão mais dispostos a lidar com eventuais riscos, porém não tanto quanto os perfis arrojados. De uma certa forma, pode-se dizer que os moderados representam o “meio-termo” de todos os perfis.

Porém, não significa que esta seja a “melhor forma” de tomar decisões. Apegado à segurança, mas visando lucros mais significativos a prazos menores, investidores com este perfil procuram compras limitadas de ações mais arriscadas e com maior liquidez, enquanto a parte mais significativa de sua carteira mantém investimentos com prazos mais longos e menor liquidez.

Este tipo de estratégia visa manter um certo equilíbrio na carteira, porém ainda assim, adota medidas de segurança que proporcionam maior conforto em casos de possíveis reações negativas da bolsa de valores.


Arrojado

Se você é do tipo que busca desafios e não se preocupa com cenários de alto risco, o perfil arrojado é aquele que melhor se encaixa aos seus objetivos. Isso porque ele investirá em ações que possuem alto grau de volatilidade e, desta forma, irá obter maior chance de perdas.

Para entender como funciona este padrão de comportamento, basta ter em mente que a dinâmica entre o potencial de ganhos e as práticas de segurança que serão adotadas apresentam uma relação inversamente proporcional.

Assim, a fim de obter maiores lucros, os arrojados preferem abrir mão de práticas seguras. Muitos traders que, em sua maioria, visam o imediatismo de produtos e serviços rentáveis, apostam neste tipo de estratégia.

De maneira geral, esse perfil se resume à capacidade de tolerar as diversas oscilações no mercado de variáveis e seus possíveis cenários negativos, com eventuais prejuízos na carteira.


Como identificar os níveis de tolerância a riscos?

Esta é uma pergunta recorrente daqueles que buscam, aos poucos, atingir lucros a menor prazo, com maiores margens de liquidez. Este questionamento é válido e extremamente útil à análise de suitability.

A esmagadora maioria dos investidores iniciantes são introduzidos ao mercado financeiro através de alternativas de renda fixa. Contudo, suponhamos que, ao passar do tempo, o acionista perceba que determinada ação valorizou cinco ou até dez vezes mais que os ativos de títulos públicos e CDBs pelos quais ele possui.

A partir de uma situação como esta, é natural que a tendência deste investidor seja de maior interesse em tolerar riscos. Ele acaba sendo atraído por opções que tragam maior margem de lucro. Porém sem um acompanhamento prévio de estudos e análises feitas via suitability, essa ambição pode prejudicá-lo em apostas equivocadas.


Conclusão

Todos aqueles que investem no mercado financeiro estão à mercê de riscos. Até mesmo os que são conservadores e apostam em renda fixa podem ter ganhos muito aquém do esperado e os prazos podem ser ainda mais longevos. Em razão disso, trazer "diversidade à carteira" é sempre uma boa saída.

Entretanto, é válido considerar os motivos pelos quais as pessoas não toleram enfrentar riscos e eles devem ser respeitados. Primeiro porque investir é sinônimo de confiar, depositar esperanças e acúmulo de capitais em variáveis que, como o nome já diz, são incertas e podem trazer prejuízos.

Outro motivo deve-se ao fato de que a pessoa nem sempre terá à disposição altas quantias para tolerar maiores riscos. A situação patrimonial do acionista deve ser considerada em primeiro plano. Nesta perspectiva, a “intolerância” aos riscos pode estar relacionada à quantia de dinheiro que será investida ou não.

Riscos de perda sempre existirão e há indivíduos que simplesmente não conseguem lidar com as incertezas do mercado de ações. Este sentimento é genuíno e deve ser respeitado. É justamente por conta disso, que o recurso de suitability se faz necessário. Ele auxilia na hora de gerir com seu patrimônio é uma forma de guiar muitos "assessores de investimentos".

Realizar o teste de análise e acompanhamento da ferramenta de suitability orienta o modo como você irá depositar seu dinheiro e suas expectativas nos ativos. Independente de qual seja o grau de tolerância a riscos, é essencial que o investidor não tenha frustrações com os cenários que a ferramenta apresenta.

Essa é a principal função do suitability: alinhar os objetivos do investidor às possíveis realidades do mercado financeiro.


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