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Taxa de Rebate: o que é e como funciona? [2024]

Taxa de rebate é uma remuneração para quem oferta, distribui e comercializa produtos financeiros.

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Equipe Somas - Lorraine Moreira
21 de dezembro, 2022

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Taxa de Rebate: o que é e como funciona? [2024]Taxa de Rebate: o que é e como funciona? [2024]

O mercado financeiro é composto por diversas taxas. São tantas que às vezes fica difícil saber o que é cada uma. Neste texto, a Somas pretende esclarecer do que se trata a taxa de rebate.


O que é taxa de rebate?


A taxa de rebate é uma remuneração destinada a quem oferta, distribui e comercializa produtos financeiros, como as corretoras, os bancos e os corretores.

Segundo o Estadão, “o termo, talvez pouco conhecido por quem não é familiarizado com o mundo dos investimentos, seria como uma comissão paga aos agentes autônomos, profissionais que assessoram investidores, de acordo com cada produto que distribuem para os clientes.”

Essa maneira de comissionamento é cobrada pela gestora do fundo de investimento e aparece embutida na taxa de administração anual. Um exemplo disso é 2% a.a, que é a cobrança mais comum em fundos de renda variável, por exemplo.

A partir disso, o dinheiro é repassado aos intermediários das operações, para que eles recebam algo em troca pela venda e indicação dos ativos.

A taxa de administração inclui os gastos que a estrutura do fundo, gestão dos ativos e remuneração dos profissionais exigem. Mas, além disso, como já explicitado neste texto, também tem a taxa de rebate, que pode ser considerada o modelo de comissão mais utilizado pelas corretoras para pagar agentes autônomos de investimento.

Ela corresponde a cerca de 15% e 35% geralmente, sendo utilizada para estimular a oferta do fundo para outras pessoas.

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Como funciona a taxa de rebate?


A taxa de rebate é destinada aos intermediários pelos gestores, no caso de fundos de investimento. Os valores aparecem a partir da taxa de administração, que é paga pelos cotistas. É nessa taxa, inclusive, que os custos da administração dos ativos são compensados.

Boa parte das pessoas que investem, no entanto, não possuem conhecimento sobre essa taxa e seus impactos para o bolso e a performance da sua carteira. Diversas vezes, esses detalhes passam sem que elas percebam que faz parte da realidade delas.

Nos últimos anos, essa falta de atenção tem mudado e, por isso, mais agentes financeiros procuram aumentar a transparência das taxas aplicadas nos seus produtos, para que o investidor saiba que não é uma decisão baseada em interesses externos.

As informações disponibilizadas de forma mais clara o possível são importantes para que o cliente encontre mais autonomia e embasamento para fazer aplicações financeiras.

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Taxa de rebate e problemas


As gestoras, logicamente, possuem uma estratégia comercial a partir dessa taxa, que pode ser observada na competição para que os distribuidores ofereçam destaque para os investimentos.

O intervalo entre a taxa de 15% e 35% da taxa de administração muitas vezes é aproveitado para pagar as taxas de rebate, ou seja, é possível oferecer aos distribuidores um percentual mais atrativo, que a faça ser mais relevante se comparada aos outros.

É nesse sentido que há um incentivo maior para que os produtos financeiros sejam distribuídos a você, então fique ligado nessa questão.

O percentual, inclusive, varia de acordo com a política de cada empresa, a situação do mercado e a importância da distribuidora para a sua performance de captação de dinheiro.

Nesse sentido, pode-se dizer que os valores são voláteis e que estão sujeitos, portanto, a diferentes fatores.

Apesar de parecer pouco significante para os investidores, na verdade soma grandes valores ao final do período. É nesse sentido que algumas pessoas consideram ela responsável por criar um ambiente de conflito de interesses.

Embora os profissionais dos bancos possam ser honestos, é impossível negar que eles estão imersos em um modelo de comissão que varia de acordo com os produtos que oferecem. Isso quer dizer que, do ponto de vista da prática, eles são induzidos a ofertar mais um tipo de ativo do que outro.

Essa percepção é uma clara explicação do porque o investidor nunca sabe se a corretora está indicando um investimento porque acredita no potencial dele e combina com seu perfil de investidor, ou porque tem interesses escusos com a prática.

Uma das maneiras de reverter esse quadro de incertezas é dando uma chance ao fee based, que será explicado nos próximos tópicos.“A indústria de distribuição tem de ser remunerada, mas, como toda atividade regulada, as contas têm de ser prestadas. Tem de haver transparência e saber por que ofereci o produto A e B e quanto ganhei neles; e quais produtos similares teriam um custo mais baixo. Isso não existe na indústria de investimento”, explica o especialista Marcelo Maisonnave, para o Estadão.

A indústria do mercado financeiro fica dividida entre dois modelos: o commission-based, e o fee based. Saiba mais a seguir.


Commission-based


O commission-based é a maneira mais comum dentro da indústria, uma vez que ele permite a obtenção de receita maior, considerando a indicação de produtos financeiros de terceiros.

Nesse caso, a corretora, o banco e os profissionais recebem a remuneração paga pelos produtos indicados, sendo a taxa de rebate.


Fee based


O modelo fee based é uma taxa única e transparente, que é solicitada a partir da gestão do patrimônio do cliente, ou seja, diferente da anterior não acontece sobre a venda de produtos.

Os especialistas consideram que essa é a comissão mais benéfica para o investidor, por isso, inclusive, é adotada pelas gigantes do mercado financeiro.

Basicamente, o cliente precisa custear uma única taxa, como forma de retribuir a gestão ativa da sua carteira de investimentos, que é suficiente para cobrir todos os custos da operação, sem intermediários, por exemplo.

A cobrança aparece no formato de porcentagem sobre o total investido, sendo um valor cobrado mensalmente ou quando um resgate é feito.

A remuneração não sofre alterações baseadas nos ativos indicados, mas sim no serviço geral, portanto ela é pressionada a performar por interesses dos clientes.

Corretoras, agentes e clientes, do ponto de vista da fee based, são valorizados, sem que um se sobressaia pelo outro.


Como investir sem taxa de rebate?


Você quer investir sabendo que alguma indicação de produto foi feita por meio de conflito de interesses? Eu imagino que não. Mas como ficar longe desse problema? Isso é bem mais simples do que parece.

O ideal é que você abra uma conta em alguma corretora de valores que não faça a cobrança sob o método commission-based e, por isso, leve em conta seu perfil de investidor.

Saber qual é a melhor opção envolve, inclusive, uma série de apontamentos, que devem ser considerados no momento da escolha, então não saia por aí tomando decisões sem antes consultar as diferentes possibilidades e os benefícios de cada uma.


Conclusão


A taxa de rebate é uma remuneração voltada a quem oferta, distribui e comercializa ativos financeiros, como as corretoras, os bancos e os corretores.

Esse comissionamento é cobrado pela gestora do fundo de investimento e aparece na taxa de administração anual. O mais comum, entre as taxas, é que seja de 2% a.a

A taxa de administração cobre os gastos que a estrutura do fundo, gestão dos ativos e remuneração dos profissionais exigem. Mas, além disso, como já explicitado neste texto, também tem a taxa de rebate, que pode ser considerada o modelo de comissão mais utilizado pelas corretoras para pagar agentes autônomos de investimento.

No caso de fundos de investimento, a taxa de rebate é feita para os intermediários pelos gestores. Os valores são descobertos a partir da taxa de administração, que é paga pelos cotistas. É nessa taxa, inclusive, que os custos da administração dos ativos são compensados.

Muitos investidores, no entanto, não possuem conhecimento sobre essa taxa e seus impactos para o bolso e a performance da sua carteira. Nos últimos anos, as pessoas têm percebido os efeitos dela e, por isso, mais agentes financeiros procuram aumentar a transparência das taxas aplicadas nos seus produtos, para que o investidor saiba que não é uma decisão baseada em interesses externos.

Continue acompanhando a Somas e não deixe de ler “WACC: o que é, para que serve e como realizar esse cálculo?”.

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