COMPARTILHE:
Tripé macroeconômico: o que é? [2024]Existem três pilares essenciais à economia brasileira e, embora sejam importantes e afetem a vida de todos que nasceram no país, muitas vezes são ignorados pelos investidores. Neste artigo, aprofunde-se no assunto.
O tripé macroeconômico é o conceito que combina três princípios mercadológicos para a política econômica do Brasil: câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal.
Em entrevista para o programa Roda Vida, Armínio Fraga, então presidente do BC, explica: “O que se tem hoje é uma mudança que dá à taxa de câmbio uma função diferente da função que ela tinha antes. Antes o Governo dizia para a taxa de câmbio: ‘Você toma conta da inflação’ e dizia para a taxa de juros: ‘Você toma conta do balanço de pagamentos’, que é um regime de taxa de câmbio fixa. Hoje nós estamos escalando o time de forma diferente. Nós estamos dizendo para taxa de câmbio: ‘você toma conta do balanço de pagamentos’ e para taxa de juros: ‘você toma conta da inflação’. Agora, nada disso funciona sem uma boa política fiscal”.
Cadastre-se na assessoria de investimentos da Somas e receba ajuda na hora de fazer investimentos.
O câmbio flutuante é o responsável por permitir que o preço da moeda seja determinado pela lei da oferta e demanda.
A taxa de câmbio do real, por exemplo, é definida pela procura da moeda brasileira no mercado internacional.
Anteriormente, o Brasil ditava o preço do real por meio da banda cambial, usada pelo Banco Central para apresentar um piso e um teto para o valor do real. Ou seja, havia um câmbio fixo e, portanto, uma determinação artificial.
A meta de inflação é uma referência para o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O Conselho Monetário Nacional (CMN) fica responsável por escolher a meta a ser praticada. Existe uma tolerância de 1,5 para mais ou menos, correspondentes respectivamente ao teto e ao piso.
Antes, havia um câmbio fixo que instituia o valor a ser seguido, o problema é que não era realista, dado que o contexto de hiperinflação é o que prevalecia.
Com a chegada do Plano real, foi possível traçar maneiras que determinam o que deveria ser seguido para ter uma economia mais estável.
Uma questão interessante é que a taxa Selic, taxa básica de juros brasileira, é definida pelo Comitê de política monetária (Copom).
Entre na nossa sala de investimentos para saber mais sobre finanças pessoais.
A meta fiscal é o máximo que o governo pode gastar por ano a fim de atingir o superávit primário. Ela é definida pelo Congresso a partir da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Basicamente, foi criada para que a arrecadação do governo seja superior às despesas dele.
O desequilíbrio das contas públicas, no entanto, motivou a decisão de tornar a meta fiscal um limite ao déficit fiscal.
Suas informações estão seguras com a Somas.
O primeiro fator observado é a confiança que o mercado internacional dá quando as metas de inflação e fiscal são cumpridas.
Quando a meta fiscal não é cumprida, por outro lado, a impressão que se passa é a de um país que pode dar um “calote” nos seus investidores. Consequentemente, o risco país aumenta e os juros dos valores entregues também.
O descumprimento contínuo e de forma expressiva da LRF causa uma crise fiscal que pode levar a uma crise política.
No caso da meta de inflação, ela é um indicador que demonstra se o governo é capaz de administrar efetivamente sua política monetária. Outro fator é que ela demonstra a atividade econômica do país, podendo ser um atrativo para potenciais investidores.
O país é bem visto quando ele não interfere no mercado de câmbio, dado que não vai criar uma supervalorização artificial.
No caso de intervenção, é capaz da OMC fazer denúncias e o país receber sanções internacionais.
O bom funcionamento da política monetária brasileira acontece quando o tripé macroeconômico é respeitado. Isso porque, a taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo governo para o controle da inflação.
Trata-se de um dos pilares da ciência econômica que estuda a economia em uma escala global.
Segundo Rudiger Dornbusch, Stanley Fischer e Richard Startz, importantes economistas, "a macroeconomia está preocupada com o comportamento da economia como um todo - com expansões, recessões, produto total de bens e serviços, crescimento da produção, taxas de inflação e de desemprego, balanço de pagamentos e taxas de câmbio. A macroeconomia lida tanto com o crescimento no longo prazo quanto com as flutuações no curto prazo que constituem o ciclo econômico".
O tripé macroeconômico é o conceito que junta três princípios mercadológicos a fim da economia brasileira permanecer estável: câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal.
O câmbio flutuante define que o preço da moeda seja determinado pela lei de oferta e demanda. O real, portanto, tem o preço de acordo com a procura pela moeda brasileira no mercado internacional.
A meta de inflação é uma referência para o aumento dos preços de produtos e serviços. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é responsável por escolher a meta a ser praticada e existe uma tolerância de 1,5 para mais ou menos.
A meta fiscal é o máximo que o governo pode gastar por ano e existe para que o governo tenha uma arrecadação superior aos gastos.
O tripé macroeconômico confere mais credibilidade, previsibilidade do câmbio e o bom funcionamento da política monetária.
Continue acompanhando a Somas e não deixe de ler ”Cotação: o que é e como funciona?”.
Monte seu plano para aposentadoria.
Encontre um assessor de investimentos da XP para ajudar com suas finanças através da Somas.
Suas informações estão seguras com a Somas.
Nosso próposito é ajudar nossos usuários a tomarem decisões financeiras mais inteligentes.