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Penny Stocks: o que são, como investir e quais os riscosEntenda como esse tipo de ativo funciona e se vale a pena investir nessas ações que, em sua essência, são de alto risco
Muitos não sabem que é possível comprar ações na bolsa com poucos reais ou até mesmo com centavos. As Penny Stocks possibilitam esse tipo de investimento, mas tem certo grau de complexidade e risco.
Para explicar o que são e suas principais características, confira este artigo para esclarecer todas suas dúvidas sobre esse tipo de ação.
Neste post você vai entender:
Penny stocks são ações ordinárias da bolsa de valores que custam “menos de um real”. Por essa razão, tais ações estão associadas às empresas menores ou que enfrentam processos de recuperação financeira e, desta forma, podem estar próximas da falência.
Esta característica é fundamental para entender como as penny stocks operam dentro do Mercado.
O preço baixo das penny stocks faz com que a volatilidade destas ações, isto é, a capacidade de variação de indicadores desses ativos, seja alta. Em contrapartida, a liquidez de rendimento delas é baixa.
Esses fatores implicam em um risco elevado de investimento, uma vez que o comprador pode encontrar dificuldades no momento da venda destas ações. Em decorrência disso, o volume de penny stocks disponíveis é pequeno.
Se engana quem pensa, entretanto, que não dá para lucrar com as negociações de penny stocks. Como essas ações têm um preço muito inferior em relação à maioria dos ativos disponíveis na bolsa de valores, aplicações maiores podem causar impactos significativos no valor final destes ativos, mesmo com variações pequenas.
É recomendado que apenas investidores e acionistas com grande experiência de mercado operem Penny Stocks, já que, com grandes aportes, o risco de prejuízo aumenta.
É possível obter retornos significativos, mas cabe ao investidor a avaliação de seu patrimônio e o grau de risco que ele deve se expor. Quer ajuda com isso? Converse com nossos assessores de investimento da XP.
Apesar da tradução do termo “penny stocks” em português ser “ações de centavos”, nos EUA estes ativos podem custar até 5 dólares. O Reino Unido também possui a sua particularidade, com valores abaixo de 1 libra esterlina.
Assim, no exterior as penny também têm um perfil de baixa capitalização e em alguns casos podem estar relacionadas à startups.
No Brasil existem empresas popularmente conhecidas que estão em processo de falência e, desta forma, suas ações podem ser interpretadas como penny stocks. O exemplo mais recente disso é a varejista Americanas.
Além da Americanas, é possível destacar outras empresas nacionais famosas que estão em crise e vendem ações que, em média, custam até 1 real. São elas: Oi, Livraria Saraiva, Dommo Energia, Tecnosolo Engenharia e Lojas Marisa.
Algumas instituições ligadas a valores baixos na bolsa de valores podem estar enfrentando problemas e, desta forma, rumando a uma possível falência ou recuperação judicial. Boa parte das penny stocks no Brasil tem este tipo de perfil.
A fim de resolver soluções que sejam mais atraentes e negociáveis para o Mercado, reguladores da bolsa de valores exigem algumas medidas preventivas...
Há dois procedimentos da padrões da B3 com relação às ações de centavos: uma notificação prévia e, caso a organização não tome providências para elevar o valor de seus ativos, é gerada uma multa e até uma possível expulsão da bolsa.
Como mencionado anteriormente, o volume de ações penny disponíveis para negociação é limitado e, em razão disso, há uma quantidade determinada pela B3 de apenas 30 pregões seguidos para negociação de venda deste ativo. Caso seus acionistas não considerem esta norma, a empresa é notificada a fim de que melhorias aconteçam e os valores subam.
Desta forma, o grupo de empresários acionistas responsáveis deve apresentar um plano estratégico em até 15 dias após a notificação. Neste planejamento, espera-se que os ativos sejam negociados por preços superiores ou, no mínimo, iguais a 1 real durante 6 meses.
Ou seja, além dos riscos de falência da empresa, as penny stocks também podem resultar em consequências negativas para os futuros acionistas que adquirirem parceria no capital aberto.
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Dentre as medidas cabíveis mais frequentes tomadas por estas empresas que passam pelo processo de recuperação financeira e judicial, destaca-se o agrupamento de ações.
Quando tomada esta decisão, a instituição opta por diminuir o número de papéis que a representam de circulação e, consequentemente, isso acaba elevando seu o preço. Porém não há garantia de que uma menor oferta destes ativos irá resultar necessariamente no aumento do preço.
Para o alívio dos acionistas, o número reduzido de ações em circulação na B3 não ocasiona um menor percentual de participação dentro da empresa.
Enquanto sócios e representantes da empresa, eles irão possuir uma quantia menor de ações, sendo cada uma com um valor mais alto, no entanto, o preço total de sua participação não será alterado.
Em 2016, a Oi, empresa popularmente conhecida no ramo de telefonia, anunciou que sua receita apresentava uma dívida ativa superior a 65 bilhões de reais. A fim de resolver esta situação, o corpo diretivo entrou com pedido de recuperação judicial.
Basicamente, este é um procedimento padrão de grandes grupos que apresentam rombos financeiros bilionários. Para se ter uma ideia, entre 2016 e 2017, as ações caíram de 127 reais a centavos. Até 2020, os valores variaram em uma média abaixo de 3 reais e, desde então, estão à venda por menos de 1 real.
Fenômeno parecido ocorreu com as lojas da Americanas. No ano de 2022, a empresa divulgou um rombo financeiro avaliado em 20 bilhões de reais referente aos nove meses de operação da companhia junto a seus respectivos fornecedores.
O poder de influência da Americanas foi tão grande que outras concorrentes varejistas também tiveram quadros de desvalorização da bolsa. Foi o que aconteceu com Magazine Luiza e Viva, tendo ações que despencaram cerca de 10%.
Após o anúncio, as negociações da companhia foram suspensas para a divulgação de um novo comunicado oficial da marca. Este é um procedimento padrão da bolsa brasileira neste tipo de caso e, vale ressaltar, que os ativos da empresa na bolsa brasileira apresentaram uma queda de quase 80% em seus preços.
Segundo especialistas da TradeMap, esta foi considerada a maior variação negativa diária de uma entidade de capital aberto desde o ano de 2008.
Ao contrário das penny stocks, entende-se por blue chips as ações de grandes organizações que já estão mais consolidadas na bolsa de valores, com maior representatividade na B3.
Qualidade esta que é essencial para trazer maior negociabilidade e rentabilidade nos momentos de transferências dos pregões.
Ao passo que as penny stocks apresentam uma baixa liquidez, as blue chips são vistas com bons olhos e menos desconfiança por parte dos investidores.
Porém, quando analisado o retorno em curto prazo, o “ativo de centavos” torna-se mais vantajoso. Geralmente, as grandes empresas costumam verificar mudanças positivas de ações blue chips apenas a partir de longos prazos.
Outro ponto que pode ser preponderante nesta “rivalidade” de penny stocks e blue chips deve-se à tradição. A “boa reputação” das empresas que emitem papéis de grande porte no mercado torna as blue chips mais atraentes aos olhos dos investidores que buscam estabilidade e confiança.
Isso se deve ao fato de que, por terem um volume de venda superior em relação às demais ações, a liquidez e possibilidade de venda ficam mais acessíveis nos pregões. Essa agilidade na negociação resulta em um diferencial atraente na bolsa.
Caso o investidor tenha um perfil conservador e queira diversificar suas aplicações financeiras, é aconselhável tomar algumas precauções com as penny stocks antes de começar.
Os principais aspectos destas ações são: baixos preços, pequenos volumes (disponibilidade limitada), baixa procura, pouca liquidez e alta volatilidade. Então, a pergunta prévia que o investidor deve ter em mente é: “estou preparado para investir em altos riscos?”.
Consideradas operações especulativas, movimentações que envolvem penny stocks dispõem de uma maior facilidade de manipulação, justamente porque o volume de seus papéis é baixo e a distribuição de seus proventos também é inferior com relação às demais.
Vale lembrar que, por serem acessíveis e fáceis de gerenciar, as ações com baixos preços podem estar suscetíveis a eventuais golpes, o que conferem mais riscos aos interessados pelo investimento de curto prazo.
Avaliar todas as informações que são atribuídas às penny stocks é o primeiro estágio antes de aplicar o capital nessas empresas. No geral, ações baratas chamam a atenção em um primeiro momento sempre que nomes de corporações de grande notoriedade, porém, conforme foi apontado no texto, é preciso ter em mente os elevados riscos que os traders estão sujeitos a sofrer.
Uma dica bastante preciosa é apostar em pennys que estejam ligadas a startups. Por serem extremamente voláteis, as variações de preço de iniciativas empresariais que se lançaram no mercado a curto prazo podem ser vantajosas para os profissionais que estão no ramo do trading.
Além de alavancar o crescimento de negócios prósperos, o acionista irá encontrar uma maneira de diversificar sua carteira, sobretudo caso ele já possua ativos tradicionais.
As Penny Stocks são ações de baixo custo que atraem investidores pela possibilidade de altos retornos. Contudo, carregam um risco significativo devido à volatilidade e à baixa liquidez. Esse tipo de investimento demanda uma compreensão profunda do mercado.
No Brasil, muitas Penny Stocks pertencem a empresas em processo de recuperação. Investir nelas exige não só conhecimento, mas também uma atenção especial às regulamentações do mercado, que visam proteger os investidores.
Para quem decide investir em Penny Stocks, é essencial adotar uma abordagem cautelosa, buscando aconselhamento de profissionais e considerando essas ações como parte de uma estratégia diversificada de investimentos.
Em resumo, as Penny Stocks podem ser tentadoras pelo potencial de lucro, mas exigem uma análise cuidadosa e um planejamento estratégico. Investidores interessados devem estar preparados para enfrentar os desafios e as incertezas que acompanham esse tipo de investimento.
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